Reli O cozer das pedras, o roer dos ossos, de Patrick Torres!

@livroespaixoes_
☁️ "𝘊𝘦𝘳𝘵𝘢 𝘷𝘦𝘻 𝘱𝘦𝘳𝘨𝘶𝘯𝘵𝘰𝘶 à 𝘥𝘰𝘯𝘢 𝘟𝘦𝘪𝘭𝘢, 𝘱𝘶𝘵𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘪𝘥𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘪𝘷𝘪𝘢 𝘯𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘲𝘶𝘪𝘯𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘤𝘪𝘨𝘢𝘳𝘳𝘰 𝘯𝘢 𝘣𝘰𝘤𝘢 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘭𝘨𝘶é𝘮 𝘵𝘰𝘮𝘢𝘳 𝘴𝘦𝘶 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘰 𝘱𝘢𝘨𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘥𝘪𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘰, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘦𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘱𝘳𝘦𝘵𝘰. 𝘙𝘦𝘴𝘱𝘰𝘯𝘥𝘦𝘶-𝘭𝘩𝘦 𝘦𝘭𝘢: é 𝘤𝘢𝘳𝘳𝘦𝘨𝘢𝘳 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘴 𝘶𝘮 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰."

Essa frase expressa bem a intensidade do livro. Estou indo para minha terceira leitura dele, e sinto que ainda virão muitas outras.

A escrita de Patrick Torres vai muito além do óbvio, mostrando com grande profundidade doses de realidades muitas vezes não vistas.

Mirto veio de uma mãe que é puro amor, bondade e religiosidade: Dona Hermínia representa muitas mulheres brasileiras. Mas veio também de Germão: violento, abusivo, cruel.

Tudo muda quando uma noite fatídica acontece: a mãe manda o Mirto buscar o pai em um bar, mas a tarefa não termina como o esperado, e filho se torna um parricida.

A história, que se passa no interior da caatinga nordestina, arrepia, traz emoções, raiva, frustração, compreensão. Traz a realidade nua e crua do que a violência pode desencadear, e também de como um acontecimento pode mudar tudo.

Poucos livros eu releio, mas este é um que não dá pra digerir de uma vez só: vira e mexe me pego pensando nele e desejando relembrar as palavras profundas de Patrick Torres sobre um filho que matou o pai.

Se tornou um dos meus favoritos, um daqueles que quero sempre ter por perto para revisitar. Patrick fez um trabalho MARAVILHOSO em sua estreia, o talento dele com a escrita é nítido, que livro fantástico!

Por aqui, já estou ansiosa para seu próximo lançamento, que está logo aí.

🤍 E por aí, você tem apreciado a literatura nordestina? Recomendo este de olhos fechados!

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