Uau, uau, uau, Valérie Perrin sabe como me deixar sem palavras!
Li Água fresca para as flores mês passado, e senti algo que há muito tempo não sentia: a vontade de ler até a lista de compras da autora.
Passei semanas pensando no livro (ainda me pego pensando nele com frequência), e precisei de algumas leituras mais leves antes de embarcar em outro dela, porque sabia que seria sofrido de novo.
Suas histórias machucam, trazem à tona sentimentos que muitas vezes deixamos camuflados.
Iniciei Três sem tantas expectativas, pensando se poderia ser tão profundo quanto o outro livro, mas fiquei ainda mais viciada nele.
O livro intercala capítulos do presente e do passado, mostrando como começou uma amizade que parecia inabalável e, vendo o presente, é intrigante pensar no que pode ter acontecido para desencadear aquele distanciamento dos Três.
É até difícil numerar quantos temas sensíveis que o livro aborda, mas vamos a alguns deles para quem quer se preparar (um deles pode ser spoiler, mas pra mim já estava subentendido desde o começo): luto, desaparecimento, cuidados paliativos, transição de gênero, relacionamento abusivo, abandono...
Não tem como ser leve, né?
De novo, passei 90% do livro pensando que seria favoritado, talvez até a melhor leitura do ano, mas alguns detalhes (mais uma vez) fizeram com que isso não acontecesse. Apesar de dar 5 estrelas (de novo), ele me deixou angustiada DEMAIS para que conseguisse favoritar (logo eu, que adoro ler histórias dramáticas).
Ainda assim, continuo fascinada pelas criações de Valérie, e pretendo ler todas as outras (intercalando com livros menos pesados hahaha).
E por aí, já se perguntaram o que será que se passa na cabeça dela? Recomendo muito para quem gosta de histórias tristes, intensas e reais.
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