Jamie já enfrentou O Ano do Homem Com Medo de Compromisso, O Ano do Homem Egoísta (quem nunca?) e O Ano do Homem que se Esqueceu de Mencionar que Era Casado (esse eu espero que vocês não tenham a experiência nunca!). Mas que, caso tenham, façam como a nossa protagonista, que acredita que é possível superar os traumas vividos e ser feliz sozinha.
Após passar pela triste perda de sua mãe, Jamie resolve honrar a pessoa que tanto amava e utilizar a herança para algo que possa melhorar a sua vida. Assim, ela se muda para um condomínio de casas inspiradas em conto de fadas em Los Angeles e decide embarcar no Meu Ano. Apenas com seu gato MacGyver.
Ela quer utilizar aquele ano para se conhecer melhor e descobrir uma profissão que realmente ame, porque apesar de ainda ser apaixonada pela História, percebe que não era sua vocação ser professora do Ensino Médio. Ela que fazer algo que dê brilho nos olhos e sem nenhum macho pra encher o saco (exceto seu gatinho que a acorda aos berros, ou melhor, miados, pedindo comida todos os dias).
Mas, ao mudar de cidade, Jamie percebe que aparentemente ela é a única que deseja aquilo, já que suas vizinhas aposentadas vivem cuidando de sua vida amorosa e insistindo que aos 34 anos ela já deveria ter um marido. Mac também concorda que sua dona exala um cheiro de solidão quase insuportável, e decide escapulir de casa para uma missão cupido.
Também morador do condomínio, David é um ano mais novo que Jamie e vive apenas na companhia de seu vira-lata chamado Catioro após ficar viúvo da mulher mais incrível que já conhecera. Mesmo depois de três anos da perda de Clarissa, David não se sente preparado para um novo relacionamento. E, mais uma vez, ele é o único que acredita que não faz mal viver sozinho, pois seus amigos insistem que deveria criar um perfil no Tinder e conhecer novas pessoas.
MacGyver sente o cheiro de solidão, de raiva e infelicidade em diversos vizinhos, e decide que não pode apenas ficar observando toda aquela gente sofrer sem que nada fosse feito, então o gatuno começa a agir, roubando pertences de uns e colocando na porta de outros para que seus caminhos possam se cruzar. Como poderiam aqueles humanos burros não perceberem o fedor absurdo que exalavam? Ele precisava pelo menos tentar dar um jeito naquele caos.
O livro é simplesmente encantador. Além de ser impossível não se apaixonar pelo gatinho cupido, cada personagem é marcante e faz a diferença na história. Perfeito não apenas para os que amam os felinos, mas também para os que gostam de doguinhos e uma escrita leve e prazerosa, cheia de boas energias.
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