Na melhor tradição romântica, Lucíola é um livro onde se debatem paixões
tórridas e contraditórias. O amor que não resiste às barreiras sociais e
morais. Assim é o romance da bela Lúcia, a mais rica e cobiçada cortesã
do Rio de Janeiro, e Paulo, um jovem modesto e frágil. Um romance que
sacode a corte e provoca um excitado burburinho na sociedade. De um lado
a mulher que, sendo de todos, jurava não prender-se a nenhum homem, de
outro o homem em dúvida entre o amor e o preconceito.José de Alencar
utiliza este instigante argumento para descrever a enorme atração física
entre um homem e uma mulher. A pena moralizadora do escritor busca a
idealização espiritual da prostituta que quer se modificar e a alma pura
de Paulo cuja amor arrebatador supera todas as barreiras. Lucíola é um
dos mais curiosos trabalhos de José de Alencar. Há nele um clima de
sensualidade constante combinado com o ardor e sofrimento, bem no clima
da literatura romântica que predominava na segunda metade do século
passado quando foi escrito este romance.
Resumo da história (contém spoiler):
Na segunda visita, Paulo deixa de lado o tratamento cortês que até então fizera a Lúcia, agarra-a e acontece o primeiro contato físico. No dia seguinte, há uma festa na casa de Sá onde, além de Paulo e Lúcia, são convidados também homens boêmios, como Sr. Cunha, Rochinha, Sr. Couto e outras três prostitutas, entre elas Nina. Nessa festa, a cortesã exibe-se nua diante de todos. Paulo num primeiro momento teve uma repulsão por toda aquela cena. Porém, mostra-se piedoso e compreensivo e os dois tem uma noite na mata. Esse é o ponto que marca o início da transformação de Lúcia.
Para Lúcia, Paulo é o caminho para chegar à salvação. Na tentativa de se afastar da sociedade e deixar definitivamente a vida de cortesã para trás, muda-se para uma casa mais simples no interior junto com sua irmã mais nova, Ana. Nesse momento, não existe mais o amor carnal entre Paulo e Lúcia. Há um amor espiritual – Lúcia chega até a fingir que estava doente para não mais haver contato. É nesse momento que conta o verdadeiro motivo que a levou à vida de cortesã – seu primeiro cliente foi Couto, pois sua família estava com febre amarela e sem recursos financeiros para o tratamento. Revela também que seu verdadeiro nome é Maria da Glória. Lúcia era uma antiga amiga dela que morreu e que tomou emprestado seu nome; sua família achava que estava morta.
A redenção de Lúcia culmina com a descoberta de sua gravidez e não aceitação dela. Mesmo com o melhor parteiro afirmando que a criança em seu ventre estaria viva, Lúcia acredita que seu corpo é sujo e morto, e por isso não é capaz de gerar um filho. Morre, grávida. Paulo, atendendo a um pedido seu, cuida de Ana até que ela se case.
O livro Lucíola, de José de Alencar, é narrado através de Paulo, personagem
que se torna narrador para contar à Sr.ª G.M. o romance que viveu com uma
cortesã chamada Lúcia. Em 1855, Paulo chega ao Rio de Janeiro e vê pela
primeira vez Lúcia. Sem conhecer sua verdadeira vida, apaixona-se à primeira
vista, pois enxerga nela uma encantadora menina. Essa impressão desfaz-se na
Festa da Glória, onde Sá, representante dos valores e preconceitos da
sociedade, a apresenta como uma mulher bonita e não como uma senhora. A partir
de então, Paulo começa a visitar Lúcia em sua casa.
Na segunda visita, Paulo deixa de lado o tratamento cortês que até então fizera a Lúcia, agarra-a e acontece o primeiro contato físico. No dia seguinte, há uma festa na casa de Sá onde, além de Paulo e Lúcia, são convidados também homens boêmios, como Sr. Cunha, Rochinha, Sr. Couto e outras três prostitutas, entre elas Nina. Nessa festa, a cortesã exibe-se nua diante de todos. Paulo num primeiro momento teve uma repulsão por toda aquela cena. Porém, mostra-se piedoso e compreensivo e os dois tem uma noite na mata. Esse é o ponto que marca o início da transformação de Lúcia.
Para Lúcia, Paulo é o caminho para chegar à salvação. Na tentativa de se afastar da sociedade e deixar definitivamente a vida de cortesã para trás, muda-se para uma casa mais simples no interior junto com sua irmã mais nova, Ana. Nesse momento, não existe mais o amor carnal entre Paulo e Lúcia. Há um amor espiritual – Lúcia chega até a fingir que estava doente para não mais haver contato. É nesse momento que conta o verdadeiro motivo que a levou à vida de cortesã – seu primeiro cliente foi Couto, pois sua família estava com febre amarela e sem recursos financeiros para o tratamento. Revela também que seu verdadeiro nome é Maria da Glória. Lúcia era uma antiga amiga dela que morreu e que tomou emprestado seu nome; sua família achava que estava morta.
A redenção de Lúcia culmina com a descoberta de sua gravidez e não aceitação dela. Mesmo com o melhor parteiro afirmando que a criança em seu ventre estaria viva, Lúcia acredita que seu corpo é sujo e morto, e por isso não é capaz de gerar um filho. Morre, grávida. Paulo, atendendo a um pedido seu, cuida de Ana até que ela se case.
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