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segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

A rua dos Cataventos - Mario Quintana

Tudo tão vago... Sei que havia um rio...
Um choro aflito... Alguém cantou, no entanto...
E ai monótono embalo do acalanto
O choro pouco a pouco se extinguiu...

O Menino dormira... Mas o canto
Natural como as águas prosseguiu...
E ia purificando como um rio
Meu coração que enegrecera tanto...

E era a voz que eu ouvi em pequenino...
E era Maria, junto à correnteza,
Lavando as roupas de Jesus Menino...

Eras tu... que ao me ver neste abandono,
Daí do Céu cantavas com certeza
Para embalar ainda vez o meu sono!...

A rua dos Cataventos reúne 35 sonetos de Mario Quintana, e cada um deles nos apresenta uma singularidade incrível.

Esse é um dos meus preferidos, o XII. 

Mario diversas vezes remete à sua ruazinha, que representa um espaço de liberdade durante a sua infância. ♡


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