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domingo, 26 de fevereiro de 2017

Resenha e crítica - A Rainha Vermelha



Confesso que esse foi um livro que comprei pela capa.

Claro que eu já tinha ouvido falar sobre ele, mas não sei se o compraria se não o tivesse achado tão maravilhoso.

Por isso, foi uma das escolhas de presente de aniversário de 17 anos.

Pois é, eu ganhei “A rainha vermelha” a mais de seis meses, mas só terminei de lê-lo agora.

Acontece que, assim que o recebi, comecei a ler rapidamente, e eu estava adorando, até certo ponto.

Tenho uma mania muito feia de julgar obras antes de terminá-las, e acabo me precipitando.

Eu estava gostando da história, mas, lá pela página 60, comecei a achar que estava muito parecido com “A seleção”, que é um dos meus livros preferidos. Inicialmente, isso diminuiu um pouco meu interesse pela obra, já que o medo de encontrar uma substituta da America (personagem de A seleção) era grande.

Entrei em pânico. E se aquele livro fosse melhor que o outro que eu considerava perfeito? E se eu me identificasse mais com essa personagem? Abandonaria a outra que me acompanhava há anos? Eu não podia fazer isso.

Assim, em meio a paranoias de Júlia, larguei o livro (o que acontece muito raramente) sem terminá-lo, e assim passei meses, apenas o observando na minha estante.

Mas meu toc não me deixou em paz. Eu não suporto largar um livro na metade. Eu teria que me esforçar e terminar de lê-lo sem criar laços.

Quem já leu, sabe que isso é impossível. O livro é sensacional.

O melhor foi que, ao contrário do que eu esperava, a história deu mil reviravoltas e, no fim das contas, apesar de abordar o mesmo tema, é bem diferente do livro da Kiera Cass.
Mas ambos são sensacionais.

Agora vou parar de enrolação e contar um pouco do enredo.

Mare Barrow é uma Vermelha que vive com os pais e a irmã mais nova, Gisa; enquanto seus três irmãos mais velhos, Bree, Tramy e Shade estão atualmente servindo no front de uma guerra entre o Reino de Lakeland e o Reino de Norta, que é onde os Barrow's moram e que, além disso, é governado pelo rei Tiberias Calore IV, um Prateado que, por causa dos seus superpoderes, comanda todos os Vermelhos.

Quando Mare descobre que seu melhor amigo, Kilorn Warren, será recrutado, ela planeja uma fuga pedindo ajuda para um conhecido que manda ela falar com Farley, a capitã da Guarda Escarlate, um grupo terrorista composto por rebeldes Vermelhos que desejam reivindicar igualdade entre seu povo e os Prateados. Farley pede uma quantia em troca da fuga de Kilorn.

O plano de Mare para roubar um Prateado junto com a irmã dá completamente errado quando elas são pegas; o Prateado quebra a mão de Gisa como punição, impedindo assim que ela continuasse ajudando sua família. Em seguida, durante sua tentativa de roubar em uma taverna, Mare conhece Cal, um atraente rapaz que escuta ela falar dos seus problemas e depois a leva para casa deixando algum dinheiro para ajudar. No dia seguinte, Mare é levada para a casa do rei e descobre que Cal é na verdade o príncipe Tiberias Calore VII, e que deseja protegê-la do recrutamento. Durante a escolha da rainha, onde normalmente a nobreza Prateada compete pela mão de Cal, Mare descobre-se uma eletrocinética e joga um raio na noiva de Cal, Evangeline Samos. Ela é capturada, mas o rei com medo de que as pessoas descubram que uma Vermelha tem poderes, faz de Mare a noiva de seu segundo filho, o tímido Maven, e além disso tem o seu nome mudado para Mareena Titanos e como se não fosse o suficiente ganha uma nova história de vida: Filha de um General Prateado morto na zona de guerra que foi adotada por uma família de Vermelhos.

De repente tendo que viver como uma nobre no meio da realeza, Mare lentamente se familiariza com Maven e Cal, ao mesmo tempo que recebe ajuda de Julian Jacos, tio de Cal e chefe da Casa Jacos, que ensina ela a controlar seus poderes, e Lucas Samos, primo de Evangeline e guarda de segurança. Mare recebe permissão de Cal para dizer adeus para sua família e descobre que Bree e Tramy retornaram, mas não Shade, que foi decapitado pelos inimigos. Kilorn promete que vai se juntar à Guarda Escarlate. Em fim, Mare se junta com Farley para discutir o próximo passo no plano da organização quando é surpreendida por Maven, que se junta a eles. O plano envolve interromper o Baile de Despedida e matar alguns Prateados importantes, mas acaba com vários Prateados inocentes morrendo devido a explosão de uma bomba. Embora os rebeldes sejam libertados com ajuda de Julian, Mare fica perturbada quando descobre que Farley não foi responsável pela bomba.

Devido ao ataque da Guarda Escarlate, os Vermelhos são punidos pelos Prateados com a diminuição da idade de recrutamento de 17 para 15 anos; a própria Mare é obrigada a transmitir essa nova lei. Julian confessa que sua pesquisa revelou que Mare não é Prateada e nem Vermelha, mas que é mais forte do que os dois; E Shade também era, e por isso tinha sido morto. Mare tem outro encontro com Farley em um local que está sendo mantido livre dos Prateados e acaba indo, através de uma sugestão de Maven, para a casa do rei na capital, Archeon. Lá, os rebeldes, através do subtrem subterrâneo, começam uma invasão, seguida por Mare enganando Cal. Cal descobre e tenta prendê-la, mas no palácio é revelado que Maven estava manipulando Mare o tempo todo, e ele era aliado de sua mãe, a Rainha Elara, que em seguida força Cal a matar seu pai, e assim declara ele e Mare traidores enquanto faz de Maven o novo rei. Lucas é executado por participar da rebelião. Mare e Cal também seriam, se não fosse pela chegada da Guarda Escarlate. Mare e Cal lutam contra seus antigos parceiros de treino, incluindo Evangeline, e conseguem matar poucos antes de sua retirada. Os dois então escapam no subtrem antes que Maven capture os dois. Lá dentro, Mare encontra com Farley, Kilorn, e, para sua surpresa, Shade, que estava fingindo sua morte e também faz parte da Guarda Escarlate. Com pedidos de Cal para se acalmar, Mare jura que vai se vingar de Maven.

Nem preciso dizer que trata-se de uma história super envolvente, surpreendente e magnífica! Não vejo a hora de partir para o segundo volume, “A Espada de Vidro”.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Cem sonetos de amor - Pablo Neruda

 "Pablo Neruda foi um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX, e cônsul do Chile na Espanha (1934 — 1938) e no México. Era filho de José del Carmen Reyes Morales, um operário ferroviário, e de Rosa Basoalto Opazo, professora primária, morta quando Neruda tinha apenas um mês de vida. Em 1906 a família se muda para Temuco onde seu pai se casa com Trinidad Candia Marverde, a quem o poeta menciona em diversos textos como "Confesso que vivi" e "Memorial de Ilha Negra" como o nome de Mamadre. Realiza seus estudos no Liceu de Homens dessa cidade, onde também publica seus primeiros poemas no periódico regional A Manhã. Ainda adolescente adotou o pseudônimo de Pablo Neruda (inspirado no escritor checo Jan Neruda), que utilizaria durante toda a vida."

@jumacedoq / @livrosepaixoes_
Eu ainda estou me perguntando porque não havia lido Pablo Neruda.

Já tinha cansado de ouvir o tão famoso nome de uma das vozes mais altas da poesia mundial do nosso tempo, mas, por falta de oportunidade, nunca havia lido realmente, com exceção alguns poemas que apareciam na escola.

Um professor que ficou sabendo da minha paixão por livros se assustou quando eu lhe disse isso, e me emprestou "Cem sonetos de amor."

Como o próprio nome diz, a obra contém os mais belos sonetos que já li.
Não há muito o que contar sobre o livro em si, mas tratam-se de legados perfeitos que emocionaram e emocionam várias gerações.

Recomendo para todos os amantes da poesia e do romance.
Que cada um dos leitores se apaixone assim como aconteceu comigo.

Deixarei aqui um dos meus preferidos, espero que gostem! (fotos no instagram)


AMOR, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com ma chuva.
Em Taltal não amanhece a primavera.

Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono. de água de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.

Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura de água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações

tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos,
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa dos cravos.